domingo, 27 de setembro de 2009

Reportagem da Gazeta do Povo em um de nossos condomínios

Manutenção de condomínios
Projeto da Caixa Econômica Federal incentiva a sustentabilidade em residenciais que fazem parte do Programa de Arrendamento Residencial (PAR)Publicado em 27/09/2009 PRISCILA BUENO, ESPECIAL PARA A GAZETA DO POVO

Otaviano Gomes, 79 anos, é quem cuida da horta do condomínio Módena, localizado no bairro Santa Cândida, em Curitiba. Coincidências à parte, ele lembra que nasceu no dia da Árvore (comemorado no último dia 21). Talvez venha daí a dedicação às plantas. Ele diz que na horta, que tem cerca de 150 metros quadrados, planta-se de tudo. Apenas em espécies frutíferas, Gomes contabiliza três pés de laranja, dois de poncã, uma macieira, um pé de acerola e outro de limão. Tudo é repassado gratuitamente aos mo radores dos mais de 300 apartamentos do condomínio.Agora começará a plantar no vas espécies, incluindo hortaliças. “A horta é nossa, mas eu administro. Já comi melancia, abóbora e pepino da horta. Até batata doce com dois quilos nós colhemos”, conta entusiasmado.
O condomínio de Gomes é apenas um dos 45 empreendimentos do Paraná que fazem parte do projeto Sustentabilidade da Caixa Econômi ca Federal. Sandra Schultz, gerente de filial de alienação de imóveis da instituição financeira, explica que a Caixa possui uma agenda de sustentabilidade, com ações voltadas aos fornecedores e à comunidade. Po rém, com o Pro grama de Ar ren damento Residencial (PAR), a instituição viu a necessidade de trabalhar a convivência em condomínio, agregando práticas como a gestão ambiental.
Programa
Como funciona o PAR?
O Programa de Arrendamento Residencial (PAR), da Caixa Econômica Federal, é destinado a famílias com renda mensal de até R$ 2 mil, explica Sandra Shcultz, da instituição. Com o programa, o morador habita o imóvel pagando uma espécie de aluguel. Ao fim do prazo do arrendamento, que agora caiu para cinco anos (antes era 15 anos), o morador tem a opção de comprar a unidade. Mas, tudo o que ele pagou é levado em consideração e, se houver saldo residual, ele paga, bem como as taxas de transferência do imóvel para o seu nome.
Também há a opção, ao fim deste período, de devolver o imóvel ou renovar o contrato de arrendamento. Caso opte pela devolução, não haverá restituição dos valores pagos.
Foram iniciadas a coleta seletiva e adoção de catadores. Como a gestão dos condomínios é terceirizada, Sandra diz que a entidade recorreu às administradoras, que “adotaram” alguns condomínios. “Com apoio do setor de Desenvolvimento Urbano da Caixa, resolvemos fazer algo maior, o projeto de Susten tabilidade, que inclui a conscientização sobre a redução do consumo de água e energia, horta e arborização. Esse é o primeiro passo”, diz.
Uma dessas administradoras é a Casarão, de Curitiba. Diogo Lima Ne ves, gerente da imobiliária, comenta que a empresa é “síndica” de 14 em preendimentos. “Gerenciamos o prédio, contratamos funcionários, fa zemos a prestação de contas. Da mos o nosso melhor já que a figura do síndico geralmente é problemática”. A administradora começou esse trabalho há cerca de quatro anos. O projeto tem parcerias com Se cretarias de Meio Ambiente dos municípios, Sanepar, Copel, SESI, construtoras e outros órgãos afins.
Conscientização
Além de incentivar a criação de hortas, serão passadas noções de segurança alimentar. Hoje, explica Sandra, as famílias separam o lixo orgânico do reciclável, destinando o orgânico para as caixas de adubo, que pode ser reutilizado na horta ou vendido. “Em paralelo, vamos verificar em quanto diminuiu o número de sacolas plásticas e no fim do ano divulgaremos os resultados”, diz. O projeto também realiza a contratação de técnicos sociais que atuam nessas comunidades. “Ini cial mente, esses técnicos passam os seis primeiros meses no condomínio atuando com os moradores e agora voltam com o projeto de sustentabilidade”, acrescenta.
O projeto atende 2.501 unidades (entre casas e apartamentos) em Londrina e 392 em Maringá. Em Curitiba e Região Metropolitana, são nove condomínios na Cidade Industrial, 12 na região do Sítio Cercado, seis no Tatuquara, dois no Umbará, um condomínio no Santa Cândida, três em Colombo, 12 condomínios em São José dos Pinhais, além das 307 famílias em Almirante Tamandaré, totalizando 5.456 fa mílias.
Entre algumas ações implantadas e em andamento, estão a revitali za ção do córrego da Avenida Pero Vaz de Caminha, no Tatuquara; o acordo com a Associação de Cata do res Parceiros do Meio Ambiente; o aproveitamento do lixo orgânico e da produção de húmus por meio de um minhocário no Sítio Cercado; horta com temperos e er vas medicinais em todos os condomí nios de São José dos Pinhais, entre outras.

2 comentários:

Unknown disse...

Olá, gostaria saber os nomes dos condomínios gerenciados pela Casarão em São José dos Pinhais.
Há essa possibilidade?

Diogo Neves disse...

Sim, mas para isso entre em contato pelo fone 41-30351846 e conversaremos a respeito. Pode falar com Sr. Otávio, gerente da filial.